Quero falar o que quero, como quero, sem preocupação em verbo concordar, quero pintar o quero, como quero sem medo em tinta combinar. Quero escrever o que quero, como quero, sem importar com vírgula fora do lugar. Quero fugi de formas e de fôrmas, e sem amarras me expressar, me livrar de certas frescuras, desse moralismo excessivo no ato simples de se comunicar. Quero só que entenda minha razão, onde quero chegar, não quero nada impossível, a não ser livre me interlocutar.Quero alcançar outro mundo e não somente sonhar,me despir desta pobreza mesquinha, a venerada inteligência vulgar.E não me diga se isso ou aquilo deve se falar! Não me diga quando esse ou este deve se usar! Não me diga onde o ponto deve ficar! Não me diga se a rima é pobre se é rica, isso não me faz interessar! Quero ultrapassar os limites da hipocrisia, da ditadura, do controle, mesmo remoto, que querem me domar. Não estou nem aí para a vestidura, quero apenas, ir além da aparência, nada a mais, do que meu pensamento registrar, em atos espontâneos, simples, escrever, pintar, falar. E não me ignores, nem me apontes! Se achares, que não sou culto ao me expressar. Quero e vou viver a liberdade plena!Não é utopia, não estou louca a delirar. Tenho fiança, amparo, proteção, onde me abrigar. Tenho defesa e sustento, pois, a poética me tira as algemas, me faz livre, me dar asas pra voar, por cima da tirania, que contrariada se submete ao irregular.

(Adriana Gonzaga)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Fantasia



                                Fantasia


Não me fale dos bastidores,
Isso não faz a vida engraçada.

Não me fale do além das cortinas,
Quero continuar encantada.

Não me fale da realidade,
Quero viver a bela ilusão inventada.

Não me fale a pura e seca verdade,
 A ficção é a veracidade disfarçada.

Não me fale o que está atrás do belo sorriso,
Quero acreditar na aparência arquitetada.

Não seja sádico, revelando-me o outro lado,
Rogo! Deixe-me no mundo de fada.

Não me fale o que não foi dito,
Posso me perder, ficar desequilibrada.

O que me protege é a imaginação,
 A história enfeitada.

Quero sonho em sono profundo,
A morte suga quem está acordada.

(Adryana Gonzaga)

6 comentários:

  1. Ia para comentar... mas não quis acordá-la.
    :)

    ResponderExcluir
  2. OLá Adryana!


    Vim retribuir a sua visita ao meu blog!

    Parabéns pelo blog amiga!
    Muito belo!!!

    Lindo versejar poetisa!
    Aplausos!

    Beijos



    ResponderExcluir
  3. Olá Adriana, e que tudo esteja bem contigo!

    Pois é prezada Adriana, tudo acontece a seu tempo, e viver cada emoção em tempo real é deveras mais saudável e contagiante. Sempre que tentamos antecipar qualquer situação, temos surpresas, e quase sempre desagradáveis!
    Belo escrito, de palavras deveras bem elaboradas deste teu belo pensamento!
    E assim por cá passo, leio e gosto do que por cá encontrei. E me vou com intenção de retornar mais vezes por cá.
    Agradeço pela gentil visita e comentário por lá, peço desculpas pela demora em aparecer, e desejo a você um viver de intensa felicidade, um grande abraço e até mais!

    ResponderExcluir
  4. Olá Adryana, obrigada pela visita, estou aqui encantada com a sua poesia.

    Beijos

    ResponderExcluir
  5. Olá, bom dia, Adriana. a proposta do seu blog, que li na apresentação, é parecida com o meu Liberdade de expressão. Já notei que encontrarei por aqui muitos pensamentos que se harmonizam comigo. Seguindo!

    ResponderExcluir
  6. E no sono conseguir prolongar a vida.
    Talvez seja o sono, junto com os sonhos, a fonte da juventude...
    Um abraço!

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...