Quero falar o que quero, como quero, sem preocupação em verbo concordar, quero pintar o quero, como quero sem medo em tinta combinar. Quero escrever o que quero, como quero, sem importar com vírgula fora do lugar. Quero fugi de formas e de fôrmas, e sem amarras me expressar, me livrar de certas frescuras, desse moralismo excessivo no ato simples de se comunicar. Quero só que entenda minha razão, onde quero chegar, não quero nada impossível, a não ser livre me interlocutar.Quero alcançar outro mundo e não somente sonhar,me despir desta pobreza mesquinha, a venerada inteligência vulgar.E não me diga se isso ou aquilo deve se falar! Não me diga quando esse ou este deve se usar! Não me diga onde o ponto deve ficar! Não me diga se a rima é pobre se é rica, isso não me faz interessar! Quero ultrapassar os limites da hipocrisia, da ditadura, do controle, mesmo remoto, que querem me domar. Não estou nem aí para a vestidura, quero apenas, ir além da aparência, nada a mais, do que meu pensamento registrar, em atos espontâneos, simples, escrever, pintar, falar. E não me ignores, nem me apontes! Se achares, que não sou culto ao me expressar. Quero e vou viver a liberdade plena!Não é utopia, não estou louca a delirar. Tenho fiança, amparo, proteção, onde me abrigar. Tenho defesa e sustento, pois, a poética me tira as algemas, me faz livre, me dar asas pra voar, por cima da tirania, que contrariada se submete ao irregular.

(Adriana Gonzaga)

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Consciência


Consciência


Tens consciência de tuas asas evidentes,
Que podes voar livremente,
A imensidão conquistar tranquilamente,
Mas, raquíticas as sentem.

 Onde está o norte?

Tens consciência da liberdade!
Mas tens medo, não de se perder,
Pois jaz, para onde ir não sabes,
Aprendestes não dar ouvido à Vontade.

Tens consciência que ES livre!
Mas, que precisas de muleta para se mover,
 Não consegue percorrer!
Grilhões atrofiam seu querer,
Levando-te apenas a sobreviver.

E, a consciência plena, da tua ampla capacidade,
 Assombra-te! Amedronta-te! Intimida-te!

 A VIVER.


Adryana Gonzaga 


2 comentários:

  1. ADRYANA,

    agradeço sua visita aos meus blogues e a estou seguindo também!

    Poucos são os seres humanos que conseguem fazer como as borboletas que ao deixarem o casulo da lagarta pegajosa, voa e voa alto pelos campos da vida, polinizando e embelezando de tantas e cores o mundo.

    Voar é preciso!

    Ótimo a sua poesia e o fez como a competência dos bordados que tecem a rendeiras de Bilros.

    Um abração carioca.

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  2. Agradeço a sua visita. Lindo poema. Beijos.

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