Quero falar o que quero, como quero, sem preocupação em verbo concordar, quero pintar o quero, como quero sem medo em tinta combinar. Quero escrever o que quero, como quero, sem importar com vírgula fora do lugar. Quero fugi de formas e de fôrmas, e sem amarras me expressar, me livrar de certas frescuras, desse moralismo excessivo no ato simples de se comunicar. Quero só que entenda minha razão, onde quero chegar, não quero nada impossível, a não ser livre me interlocutar.Quero alcançar outro mundo e não somente sonhar,me despir desta pobreza mesquinha, a venerada inteligência vulgar.E não me diga se isso ou aquilo deve se falar! Não me diga quando esse ou este deve se usar! Não me diga onde o ponto deve ficar! Não me diga se a rima é pobre se é rica, isso não me faz interessar! Quero ultrapassar os limites da hipocrisia, da ditadura, do controle, mesmo remoto, que querem me domar. Não estou nem aí para a vestidura, quero apenas, ir além da aparência, nada a mais, do que meu pensamento registrar, em atos espontâneos, simples, escrever, pintar, falar. E não me ignores, nem me apontes! Se achares, que não sou culto ao me expressar. Quero e vou viver a liberdade plena!Não é utopia, não estou louca a delirar. Tenho fiança, amparo, proteção, onde me abrigar. Tenho defesa e sustento, pois, a poética me tira as algemas, me faz livre, me dar asas pra voar, por cima da tirania, que contrariada se submete ao irregular.

(Adriana Gonzaga)

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Mulher



Mulher



Mulher tu és!
A doçura que eleva,
A alma desencantada.
A genitora da vida,
Pela poesia és venerada.

Tu es!
A jóia rara em essência,
Não precisa ser lapidada.
A esfinge misteriosa,
Que nunca será desvendada.

Tu  es!
Cabeça que pensa,
Toda articulada,
Olho que fala, e boca que diz
Palavra, sem ser pronunciada.

Tu!
Não carece de carga,
Muito menos ser julgada,
Não es apenas uma bunda, que caga,
Nem tão pouco, partes recortada.
  
(Adryana Gonzaga)

Postado por às

8 comentários:

  1. Elaine9 de fevereiro de 2013 às 17:53

    Amo seus poemas Adryana, que bom que você criou um cantinho especial só para eles, agora estou conseguindo comentar e acessar seus blogs, antes não tava conseguindo, bom feriado!
    Bjos!

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  2. Nádia Santos9 de fevereiro de 2013 às 18:14

    Forte, intenso e lindo. Amei. Bjus querida Adryana

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  3. Anônimo9 de fevereiro de 2013 às 18:48

    Un Poema lleno de certezas y verdades.
    La Mujer es un dios en la Tierra.
    Precioso.
    Abraços.

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  4. Penélope16 de fevereiro de 2013 às 07:23

    A mulher é sempre inspiradora... um BEM raro e delicado que floresceu na face da TERRA.
    Grata pela sua visita, minha querida!! Grata pelos parabéns deixados no INFINITO.

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  5. Ana Carolina16 de fevereiro de 2013 às 07:50

    Olá! Adorei as suas poesias, principalmente a que está no topo do blog.. A arte de escrever é fascinante! Parabéns!

    Estou começando a escrever no meu blog agora, quer vir me visitar?
    http://superssexy.blogspot.com.br/

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  6. PAULO TAMBURRO.16 de fevereiro de 2013 às 19:46

    Olá ADRYANA,

    não é para se ver um corpo de mulher como o via Jack Estripador, pois recortar uma mulher é provocar-lhe a perda da sua essencialidade, do seu todo.

    E o todo de uma mulher é indivisível, pois que formata-se em sua alma.

    Nada mais uno do que a alma feminina.

    Portanto...

    Um abração carioca.

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  7. Unknown18 de fevereiro de 2013 às 03:12

    A mulher é um ser celestial e merece respeito.

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  8. Rui Pascoal18 de fevereiro de 2013 às 14:50

    Ela não é verso, ela é a poesia!
    :)
    Beijinhos!

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