Quero falar o que quero, como quero, sem preocupação em verbo concordar, quero pintar o quero, como quero sem medo em tinta combinar. Quero escrever o que quero, como quero, sem importar com vírgula fora do lugar. Quero fugi de formas e de fôrmas, e sem amarras me expressar, me livrar de certas frescuras, desse moralismo excessivo no ato simples de se comunicar. Quero só que entenda minha razão, onde quero chegar, não quero nada impossível, a não ser livre me interlocutar.Quero alcançar outro mundo e não somente sonhar,me despir desta pobreza mesquinha, a venerada inteligência vulgar.E não me diga se isso ou aquilo deve se falar! Não me diga quando esse ou este deve se usar! Não me diga onde o ponto deve ficar! Não me diga se a rima é pobre se é rica, isso não me faz interessar! Quero ultrapassar os limites da hipocrisia, da ditadura, do controle, mesmo remoto, que querem me domar. Não estou nem aí para a vestidura, quero apenas, ir além da aparência, nada a mais, do que meu pensamento registrar, em atos espontâneos, simples, escrever, pintar, falar. E não me ignores, nem me apontes! Se achares, que não sou culto ao me expressar. Quero e vou viver a liberdade plena!Não é utopia, não estou louca a delirar. Tenho fiança, amparo, proteção, onde me abrigar. Tenho defesa e sustento, pois, a poética me tira as algemas, me faz livre, me dar asas pra voar, por cima da tirania, que contrariada se submete ao irregular.

(Adriana Gonzaga)

quarta-feira, 13 de março de 2013

Ego



Ego



De que vale a tecnologia,
Navegar na internet?
Se a ilha da miséria,
Inavegável isolada permanece.

De que vale tanta informação?
Se não faz a diferença,
Nem percebe seu irmão,
Invisível  de presença.

De que vale a atualidade?
Se és retrógrado,
Cultiva a impunidade,
Do cativeiro ignorado.

De que vale a democracia?
Se és ditador
Não ensina a cidadania,
E sim dita à inércia do pensador.

De que vale o cientifico?
Se não és autêntico.
Não importa o talento,
Se és egocêntrico.

De que vale o conteúdo?
Se não se sabe ser.
Para que serve certificado,
Se não se sabe fazer.

De que vale o conhecimento?
Se és cego e covarde,
Diante aos acontecimentos,
Pervertestes da desigualdade.

Mais vale um analfabeto funcional,
Que faz acontecer.
Do que um letrado que não funciona,
Passivo assiste, a injustiça prevalecer.

(Adriana Gonzaga)
  

4 comentários:

  1. Parabéns!!Muito linda, acertada, real tua poesia! beijos,chica

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  2. Também concordo com a descrição por si feita, minha amiga...
    Muitas vezes estamos tão atrelados a nós mesmos, olhando apenas para o umbigo e nada mais que esquecemos do que se passa a nossa volta.
    Grande abraço!!!

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  3. Adriana tu tens aqui uma pérola amiga, amei teu texto poético e verdadeiro.

    Beijinho

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